Rui Eduardo Paes - Cyber-Parker (Hugin, 1999)
«Cyber-Parker» é um livro híbrido que convoca o jornalismo, a filosofia e a literatura. O ponto de partida é uma espécie de dor existencial: «Sentirmo-nos bem, hoje, é não sentirmos dor, ou melhor, é sentirmos nada – o próprio sistema médico foi concebido para nos proporcionar esta paz asséptica, assim como (...) o do entretenimento, em que a adesão do público é tanto maior quanto menos problematizador for o produto supostamente “artístico” ao nível da percepção dos sentidos e da avaliação intelectual.» O ponto de chegada é uma extensa e valiosa caracterização dos principais compositores portugueses que decidiram viver nesse limbo da “música de arte”, como Carlos Zíngaro, Rafael Toral, Sei Miguel, Miso Ensemble e tantos outros.
Jorge P. Pires, in Ler
Rui Eduardo Paes
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